terça-feira, julho 03, 2012

Na presença de um génio sem o sabermos

Fica desvendado (ficará?) o mistério trazido para a praça pública pelo jornal Crime. Depois dos episódios da licenciatura de José Sócrates só faltava mesmo confirmar a genialidade do ministro dos Assuntos Parlamentares. Fico à espera dos desenvolvimentos subsequentes, isto é, de sabermos que cadeiras fez antes, quais as que mereceram equivalência e quantas fez depois. Para que um ano de Direito e um de História possam valer equivalências que permitam a obtenção da licenciatura num ano é porque já trazia muitas feitas - talvez aí umas 20! - e de matérias de tal forma idênticas que lhe foi permitida a dispensa. Presumo que a aplicar-se o mesmo princípio em sentido inverso isso permitiria obter a licenciatura em Direito em apenas um ano. Pena que ele não se tivesse lembrado antes. Sempre dava mais estatuto. E, já agora, aguardamos que nos digam quem propôs e aprovou as equivalências. Se temos de ficar esclarecidos então que seja por inteiro, tal como no caso do anterior primeiro-ministro que também fez os exames que lhe "foram exigidos".
E ainda há que diga que é preciso ter qualificações, obter ferramentas para singrar na vida. Isso é só para alguns, para os desvalidos da sorte.  Para outros bastará uma chave de parafusos ou um pé-de-cabra adquirido numa qualquer organização partidária para abrir as portas da vida.

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