terça-feira, julho 31, 2007

BOAS FÉRIAS!

Volto lá para meados do mês, quando a silly season estiver a terminar. Até lá, boas férias, bons mergulhos e boas leituras.

segunda-feira, julho 30, 2007

QUE VAI FAZER O GOVERNO A SEGUIR?

O Diário Digital acaba de revelar que "O Ministério da Defesa enviou hoje documentos ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) em que conclui que o Campo de Tiro de Alcochete pode ser utilizado para a construção do novo aeroporto". Perante mais este desenvolvimento do projecto da OTA pergunta-se qual será o próximo passo e quem o anunciará, se Sócrates se Mário Lino. É que se for este último, é natural que Lino apareça um pouco mais inchado aos olhos de todos. O tempo de engolir sapos parece que já lá vai. Agora são mais os elefantes que estão no prato.

sexta-feira, julho 27, 2007

ARGENTINA É QUE ESTÁ A DAR

BOM FIM-DE-SEMANA!

PROCURA-SE


Pede-se a quem encontrar o senhor da fotografia o favor de indicar o seu paradeiro à ASAE. Tem o prazo de validade expirado.

ESTAVA A VER QUE AINDA NÃO ERA DESTA!


ÚLTIMA HORA: "A direcção da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) decidiu hoje, por unanimidade, demitir José Couceiro, treinador das equipas de esperanças, e suspender das selecções os jovens jogadores Zequinha, por um ano, e Mano, por três meses." - in Público Online

TOP 3


Juntos reúnem indícios da prática de mais de 550 crimes, ente outros, de corrupção desportiva e falsificação. É o que se chama um trio de respeito. Vamos aguardar pelos julgamentos para ver quem é maior: se o rato se a montanha.

SOLIDARIEDADE...







... com a liberdade de expressão e de imprensa, solidariedade com o semanário satírico espanhol El Jueves, o tal que sai às quartas. Não há nada que justifique a censura numa revista satírica. Ainda menos em democracia. Quem quiser ver a capa da dita revista é só dizer.

quinta-feira, julho 26, 2007

A GENTE NÃO ESQUECE



A camisola 20 do glorioso SLB está de partida. Uma nova estará para vir. Para quem parte e a quem ficamos a dever as melhores tardes e noites da última década uma palavras apenas: Obrigado. E que tenhas toda a sorte do mundo.

segunda-feira, julho 23, 2007

UM PORTENTO

(foto Record)

"Apenas um jogo realizado por Cardozo no Benfica e já encontrado um brilho tão intenso no paraguaio, tudo ali é combinado de suavidade, potência e músculo, uma benção para um clube há anos carenciado de um homem golo. Mas é sobretudo no remate de pé esquerdo em tamanho 47 que Cardozo impressiona mesmo. Simplesmente um senhor dinamite." - in A Bola, 23/07/2007.

"Há jogadores que são como o algodão, não enganam. Parece ser esse o caso de Oscar Cardozo, a segunda mais cara contratação da história do Benfica. Quando as águias decidiram pagar 9,15 milhões de euros por 80 por cento do passe do internacional paraguaio, muitos terão torcido o nariz – afinal, o avançado até nem era a estrela da sua selecção –, mas, pela amostra de anteontem, diante do Cluj, trata-se de dinheiro muito bem investido." - António Pires, O Jogo, edição online, 23/07/2007.

Ainda custa a acreditar que seja verdade!

PARTIDO DE CACIQUES



O senhor que está na fotografia, de dedo espetado, há mais de uma dezena de anos que anseia ser o líder do PSD. Como ele há mais alguns eternos candidatos à liderança do maior partido da oposição, putativos líderes, sempre prontos a atacarem o seu próprio chefe, mas desconfiados e medrosos quando se trata de se chegarem à frente. Primeiro vão reflectir, depois contam espingardas, no fim fazem declarações de salvaguarda da sua mediocridade política. Ontem, Marques Mendes, personagem pela qual não tenho particular apreço enquanto líder do PSD, dada a forma atabalhoada e incompetente como tem gerido tal agremiação política, veio, uma vez mais, pôr o dedo na ferida e denunciar aquilo que neste país todos conhecem desde os tempos do liberalismo. Portugal é um país de caciques e os seus partidos políticos, do século XIX ao XXI, são o reflexo disso mesmo. Quem ontem ouviu as declarações de Marques Mendes não pode ter deixado de se recordar de tudo aquilo que Eça e Ramalho escreveram. É claro que todos os que acompanham a vida política sabem que aquilo que Marques Mendes disse quanto ao pagamento de quotas não é, ou não foi, exclusivo do PSD. E quem diz quotas diz donativos, como agora se revela no caso do tal benemérito do CDS de Paulo Portas que é reconhecido pelos depósitos bancários que efectua e dá pelo nome de "Jacinto Leite Capelo Rego", figura de todos desconhecida mas omnipresente na democracia portuguesa sempre que se trata de subsidiar campanhas eleitorais. Aqui e ali, amíude, há uma ou outra coisa que muda, mas não os métodos típicos do caciquismo e do clientelismo eleitoral típicos do período liberal. Só por isso é que os nomes de Valentim Loureiro, Isaltino Morais ou Fátima Felgueiras são recorrentes de cada vez que se fala em tais métodos. O drama de Marques Mendes não é que algumas vezes tenha razão, embora raras é certo. O seu drama é definitivamente a sua falta de credibilidade, de carisma e de vocação para líder. Só que depois de ter assumido os destinos do PSD e de se ter comprometido a levar o partido até às próximas legislativas, ficou sem qualquer margem para recuar. O ataque que agora é feito aos caciques do seu partido deverá, pois, ser entendido, não como um desafio a esses mesmos caciques internos, mas como um estímulo à sua própria liderança. Veremos, depois destas declarações, quantos se chegam à frente e quantos permanecerão de dedo espetado na direcção do líder depois do processo das directas. O príncipio "um homem um voto" continua a ter mais dificuldade em implantar-se dentro dos partidos do que teve para singrar no país no pós-25 de Abril de 1974.

sexta-feira, julho 20, 2007

BOM FIM-DE-SEMANA


(Vanessa Lorenzo, foto GQ)

Esta não foi ao Nikki Beach Vilamoura. Foi pena, mas não tinha direito a pulseira.


P.S. O meu amigo A. que me perdoe, mas aquilo só valeu mesmo por ele e pela trupe que ele juntou! Ou a Mituxa dá a volta ao texto ou ainda vamos ter o Roberto Leal, a Claudisabel e o Michael Carreira a abrilhantarem as noites de Vilamoura.

"A SUA CHAVE PARA O MUNDO DO JET-SET" (!)

(foto do jornal Barlavento)

Ontem foi inaugurado em Vilamoura um bar/restaurante de praia e discoteca designado por Nikki Beach. Fica no Tivoli Marinotel. Por volta das 21.30, hora a que era suposto chegar à festa, um animado grupo de convivas aproximou-se da porta. Bom, nessa altura houve quem ficasse a saber que tinha havido convites "VIP" para as 19.30. Outros foram convidados para as 21.30. E outros, segundo me disseram, só foram convidados para a discoteca. O resultado foi que às 21.30, quando o referido grupo entrou, já estavam outros grupos bem sentados e bem bebidos.

Depois, verificou-se que entre os que entravam havia uns que tinham direito a pulseira, outros não. Os que tinham anilha comiam e bebiam à borla e tinham acesso a todo o recinto. Os que não tinham pulseira ficavam confinados aos locais de passagem visto que não podiam aproximar-se da zona dita "nobre". Os que não tinham pulseira viam passar as bandejas, até que resolveram colocar-se estrategicamente à saída das cozinhas, aí assaltando os empregados que tentavam passar com as bandejas e que pretendiam dirigir-se para a zona "VIP". É claro que muitos, dez metros depois da saída das cozinhas, já tinham a bandeja vazia. Os diálogos eram do melhor: "Os crepes são para comer com o molho"; "Agora já comi, quero lá saber do molho, estou cheia de fome"; "Olhe, é capaz de me dar uma flûte de champagne?"; "São 12 euros."; "Doze? Mas aquele senhor não pagou e levou uma garrafa"; "Tem pulseira"...

A seguir, depois daquela música tipo disco riscado e de vermos as serigaitas e a "Drag Queen" (?) a cirandar, veio o fogo-de-artifício e começou a debandada para o interior de um hotel decrépito e cheirando a mofo, onde funcionava a dita discoteca. A fauna era imensa. Uma tal de Bobone arrastando as socas douradas no meio da imberbe "putalhada", um outro que dizem chamar-se Joaquim Monchique andava de calções de lantejoulas lilazes e azuis, as flausinas exibiam a celulite e o silicone frontal enquanto meneavam a anca, os pacóvios do costume de boca aberta, enquanto iam salivando pelos cantos, de copo na mão mirando os cus, enfim, um mimo. Num canto, junto a um bar, um inglês e um português conversavam. Por detrás deles um simpático schnauzer cinzento de trela vermelha, preso a um arbusto. Não vi se tinha pulseira nem de que cor era, mas fiz-lhe uma festa e comentei para o dono: "Parece estar assustado". Resposta deste: "Deve ser por estar ali a minha ex-mulher".

Eu só pergunto o que tem isto a ver com o Algarve e com a promoção da região no estrangeiro. E como é possível integrar esta coisa no programa Allgarve, ao lado de Serralves e da Carmina Burana, com a Sinfónica Portuguesa, e dar-lhe o alto patrocínio do Ministério da Economia.

Como é possível isto ser promovido pela cadeia de hóteis que apadrinhou o evento como "a sua chave para o mundo do jet-set"? Qual jet-set? O Monchique? A Bobone? Está tudo doido? Passaram-se? Ó José Sócrates: o que é esta merda?*

* - Desculpem a linguagem, mas não há outro nome para qualificar este desastre.Só gostei mesmo do Alfa Spider no meio do lago.

À ATENÇÃO DOS PODERES PÚBLICOS


Local: Tribunal Judicial da Comarca de Faro
1º Juízo Criminal
Data: 20/7/07
Hora: 15h
Diligência agendada: Leitura de sentença

Despacho do Mmº Juiz:


"Ao pretender elaborar sentença do presente processo senti necessidade de ouvir as cassettes para tentar esclarecer determinados pontos das notas manuscritas por nós tomadas no decorrer das várias sessões da audiência de julgamento. Todavia, ao fazê-lo, constatei que as declarações do arguido, da demandante civil e de grande parte das testemunhas não ficaram gravadas, por deficiência técnica não suprível. Com efeito, mesmo colocando as cassettes numa aparelhagem de alta fidelidade, as mesmas permanecem inaudíveis. Assim sendo, não foi possível esclarecer as dúvidas (...) essenciais à matéria de facto. A falta de registo da prova (...), constitui irregularidade que pode ser conhecida oficiosamente (artigo 123º do Código de Processo Penal). A sanação de tal irregularidade implica, no caso, a repetição da prova oralmente prestada, o que se determina" (transcrito na hora).


Em conclusão: Depois de 4 sessões de julgamento, depois de ouvidas 27 testemunhas, oriundas dos mais diversos locais, entre as quais se contavam diversos médicos e vários funcionários públicos, que deixaram de dar consultas e de trabalhar nos seus locais próprios para colaborarem com o sistema judicial, o julgamento vai ser repetido lá mais para o final do ano. Trabalho inglório, esforço vão. Dir-se-ia que os nossos magistrados estão todos muito folgados. É tempo de situações destas não continuarem a acontecer diariamente nos tribunais desta paróquia. Um colega comentava a esse respeito que isto é o terceiro mundo. Eu creio que não. No terceiro mundo não há sistemas de gravação de audiência, mas os julgamentos fazem-se. Aqui fazem-se mas é como se não se fizessem. Já imaginaram qual a diferença entre andar a pé ou andar numa bicicleta sem pedais? A pé, devagar ou depressa, chega-se ao destino. Com uma bicicleta sem pedais não se sai do mesmo sítio. Será esta a nossa sina? Felizmente, esta situação originou a aquisição de uma nova aparelhagem para gravação de audiências. O sistema anterior era, ao que nos foi confidenciado, o refugo de um tribunal de Lisboa. Acredito que sim, mas refugo ou não, será que isto não era evitável? O barato continua a sair-nos muito caro e eu, que abomino regionalismos, confesso que só nestas alturas é que sou a favor da regionalização. Curiosamente há regionalistas que ignoram estes problemas. Porquê? Não dão visibilidade, protagonismo, em suma, benesses. Por isso mesmo, penso eu, é que ninguém os ouve sobre estas questões, pese embora as suas responsabilidades. Em Portugal é mais fácil ser político do que cidadão.

quarta-feira, julho 18, 2007

DO BAPTISTA-BASTOS PARA TODOS NÓS

Embora não concorde com tudo o que ele escreve, do Diário de Notícias de hoje, com a devida vénia e sem comentários adicionais, por despiciendos, transcrevo esta notável prosa do Baptista-Bastos:

OS NOVOS GAIBÉUS

"Do Alto Ribatejo e da Beira Baixa, eles descem às lezírias pelas mondas e ceifas. Gaibéus lhes chamam." No romance que estabeleceu novos meridianos na literatura portuguesa, e inaugurou o movimento neo-realista, Alves Redol escrevia o mural do desespero e da fome. Gaibéus é de 1939. Adjectivava uma infâmia e um infortúnio. Camponeses das Beiras, a que chamavam, também, "ratinhos", furavam greves, trabalhavam nos campos gerais ribatejanos e nas searas alentejanas submetendo-se a salários muito inferiores aos dos trabalhadores locais. Também do Algarve saíam, para os latifúndios, os que não encontravam, nas suas terras, a subsistência mais rudimentar.

O emprego sazonal era o anverso da medalha do desemprego. A fome acossava esses pobres portugueses, que vendiam a alma, perdiam a dignidade e estilhaçavam o carácter a troco de um pouco de pão. O Ribatejo e o Alentejo, insubmissos, insultavam e, amiúde, espancavam os que iam roubar-lhes o trabalho. As designações "gaibéu" ou "ratinho", estigmas desonrosos, assinalavam a rejeição do outro, afinal sofredor como aqueles que o abominavam. Redol não se cansou de narrar a epopeia dos imigrados do interior, esses retirantes temporários nos quais depositava uma comovente porção de ternura, em páginas admiráveis, que culminaram com uma obra-prima, Barranco de Cegos.

Lembrei-me do grande escritor quando, há dias, a Televisão da Galiza noticiou que os trabalhadores da região se manifestavam, com veemência e alvoroço, contra os milhares de portugueses que se ofereciam para trabalhar por metade e, até, por um terço dos salários ali auferidos. A desconstrução da miséria antiga não foi suficiente para a fazer desaparecer: mascarou-a. E a globalização, como espaço de equidade, de solidariedade, e paradigma da liberdade, desprotege, cada vez mais, os desfavorecidos, além de atingir, com singular violência, a "classe média". Os novos gaibéus são, também, licenciados, cientistas, intelectuais, investigadores; e jovens e jovens e jovens.

Os nossos dirigentes políticos não possuem talento nem grandeza para criar condições de vida aceitáveis. A sua mediocridade exultante é típica do populismo autoritário, que deixa de lado as mais vivas expressões da realidade social. Portugal é, de novo, um país gaibéu. Como acentuou Antonio Negri, num entusiasmante livro de entrevistas com Raff Valvora Scelsi, Goodbye Mister Socialism, esta "Esquerda" estimula o êxodo, em vez de promover o afrontamento. Prefere o deserto humano a ter de partilhar experiências com as singularidades dos movimentos que se ajuramentam, um pouco por todo o lado. Esta "Esquerda" é a Direita exacerbada".

terça-feira, julho 17, 2007

LÍDERES A SUL?


O João Miranda pergunta no seu Blasfémias "Porque é que o Sul não gera um único líder do PSD e o Norte gera 4?".

Eu creio que os PSD's sulistas, além de serem menos irresponsáveis, são mais dados ao sol e à praia, que é como quem diz, têm mais dificuldade em tomar a iniciativa, logo são menos liberais. E não sendo adeptos do "FêQuêPê", falta-lhes o domínio das clientelas regionais. Em suma, têm uma rede pouco eficiente nos meandros autárquicos, futebolísticos e da construção civil, preferindo um lugar como deputados, ainda que tesos, a lideranças efémeras.

PARABÉNS...

... ao António Costa que faz hoje anos um abraço em dose dupla, pelo resultado eleitoral e pelo aniversário natalício. E que não se esqueça da lição de Walden:

"Misconceptions about the nature and role of elites cast a pall over democracy. A healthy democracy would be one led by elites of talent or accomplishment, wheter in business, sport, government or the arts, with access open to all. Responsibility goes with authority and high amongst the obligations of the 'elect' would be a duty to foster the aspirations of people less fortunate than themselves to emulate them and to join their number. In other words, there can be no elite worth the name that does not encourage the common man or woman to aspire to its condition (thought we should remember that many people lead happy and valuable lives without aspiring to join elites of any kind)".

O HOMEM ESTÁ CHEIO DE RAZÃO


Ouvi esta tarde o presidente do PSD de Cabeceiras de Baixo a arengar contra a Câmara Municipal da sua terra que, segundo rezam as crónicas e uma velhinha inocente confirmou, pagou com o dinheiro de todos uma excursão a Lisboa, para apoiar António Costa em dia de eleição. O homem está cheio de razão. Não sei quem é o presidente da autarquia responsável por essa excursão, mas um autarca que faz o que aquele fez, abusando da ingenuidade e miséria de alguns reformados, é indigno de ocupar qualquer cargo político. Quem está na política por amor e dá o litro para que isto não se torne num bordel à mercê dos caciques locais e regionais não pode deixar de se sentir incomodado. O António não merecia esta desfeita, mais a mais em dia de aniversário, mas ele e o José Sócrates, por muito que me custe dizê-lo, também são responsáveis pelo facto do PS ter autarcas desse jaez. Enquanto não for feita uma limpeza e esta gente educada não chegaremos a parte alguma. O que uns constroem durante anos, outros destroem numa excursão a Lisboa. Não há saco para gente desta!

segunda-feira, julho 16, 2007

JOE COCKER E RUI VELOSO

Juntos e ao vivo. É ali para os lados do Vale das Almas, no âmbito da concentração motociclista de Faro. Dia 21 de Julho. Vão lá estar todos os maduros e mais alguns que nunca ouviram falar dele mas que nunca mais se vão esquecer do nome.

SERRALVES A SUL


A iniciativa Allgarve, destinada a promover o Algarve começou em força. Este fim-de-semana foi inaugurada a magnífica exposição da Fundação de Serralves na Antiga Fábrica da Cerveja, em Faro. Num edifício fantástico, num local soberbo, se puder não deixe de fazer uma visita e de se deliciar com as maquetes, os esquissos e as fotografias de algumas das obras mais emblemáticas da arquitectura europeia. "Arquitectos Europeus em Trânsito" é uma exposição a não perder. Não deixe de subir ao terraço do edifício e de se deliciar com a vista da Ria Formosa e da cidade e se for ao final da tarde, antes de jantar na cidade velha - o Aqui d'El Rey é uma boa hipótese - aproveite para espairecer um pouco no bar da entrada. Decoração sóbria e elegante, calma, tranquilidade e um céu infinitamente azul a aconchegar-nos. A partir das 18 horas, pelo noite dentro, até 30 de Setembro.

ROSA DE LIZ...

... e de Lisboa!

ELEIÇÕES EM LISBOA (1)

Tal como se esperava, as eleições intercalares para a Câmara Municipal de Lisboa não trouxeram novidades. Prognósticos e sondagens anteriormente feitos confirmaram-se. Em política não há equívocos, nem segundas leituras. Há apenas factos. É certo que nem todos estão habilitados a lê-los e que muitos querem deturpá-los. Só que a verdade dos números é incontornável. Lisboa não dorme. Nem mesmo quando a abstenção aumenta e as Cassandras se multiplicam.

ELEIÇÕES EM LISBOA (2)


Que António Costa iria vencer as eleições conquistando a maior Câmara do país, 31 anos depois, para o Partido Socialista, não era nada que não se estivesse à espera. A dúvida estava nos números da vitória. Quanto a estes já se sabia que seria quase impossível chegar à maioria absoluta. Costa é um político experiente e trabalhador, pese embora um certo voluntarismo e alguns tiques herdados da sua já longa militância. Essa experiência e a sua reconhecida capacidade de trabalho foram a chave da vitória. Os lisboetas cansaram-se de experiências e apostaram em alguém com currículo e provas dadas, apostaram em quem lhes podia dar alguma confiança e garantir trabalho e seriedade nas tarefas de recuperação da capital. A aposta de Sócrates só agora começou a ser ganha.

ELEIÇÕES EM LISBOA (3)


Por estarem cansados de enfiar barretes, os lisboetas deram a Carmona Rodrigues a medalha de prata. O papel do coitadinho ainda dá votos, mas aqui, os eleitores quiseram acima de tudo penalizar Marques Mendes. Ninguém duvida que ele seja um homem sério, que é coisa diferente de desajeitado. Foi isso, mas não só, que Marques Mendes não viu. Também não viu que a falta de jeito podia ser ultrapassada com esforço, com dedicação, com uma boa dose de voluntarismo e o apoio de terceiros bem-intencionados. Ou seja: se o PSD e Marques Mendes tivessem dado o apoio que Carmona queria, as eleições tinham sido evitadas e a crise não teria adquirido os contornos que atingiu. Tudo isto leva a que Carmona não possa deixar de ser visto como um vencedor e como alguém com quem se tem de contar para o futuro de Lisboa. Arguido ou não arguido. É mais um sapo para Marques Mendes engolir. Só que com tantos que tem engolido nos últimos meses, já não deve estranhar.

ELEIÇÕES EM LISBOA (4)


O esforçado Fernando Negrão conseguiu atingir os 15%. Salvou-se do descalabro, mas não salvou Marques Mendes nem a pandilha que tomou o partido de assalto depois da saída de Durão Barroso. Agora o líder do PSD pode ter a certeza de uma coisa: não é com gente subserviente, sempre disposta a mudar de campo assim que sopra a primeira brisa e desde que isso lhe garanta uma avença num qualquer lugar obscuro mas remunerado, que se constrói um partido e uma liderança fortes. Um partido que depois da saída de Cavaco Silva se apoiou no compadrio, no clientelismo, nas alianças pontuais a nível nacional e regional para conseguir crescer, nunca poderia aspirar a voos altos. Comprova-se que até mesmo a única vitória eleitoral indiscutível do PSD – a eleição de Cavaco – se vê agora que não foi fruto do trabalho do partido ou de Marques Mendes, mas antes o resultado dos méritos de Cavaco Silva e das más escolhas dos adversários. Mendes, a quem já há muito aqui se tinha anunciado a morte política, voltou a falhar. Mas como seria possível não falhar se quem não tem currículo, não tem um percurso profissional digno de registo ou ponta de credibilidade fora do partido, ainda assim aposta em falar aos eleitores em seriedade, credibilidade, trabalho e outras coisas do género? Encaixar a martelo na lista de Negrão os caciques oportunistas de Lisboa responsáveis pela queda de Carmona e os desmandos na Gebalis não é propriamente uma prova de rigor e seriedade e teve os seus custos. Falar em princípios ou em rigor, quando todos sabem que em vez de controlar o partido Marques Mendes é controlado pelos lobbies do partido, soa a falso. Além do mais, tendo evitado as eleições para a Assembleia Municipal para não perder a maioria naquele órgão, Marques Mendes e a sua amiga Paula Teixeira da Cruz ainda terão de ficar com o odioso da eventual ingovernabilidade da Câmara por falta de entendimento entre a nova maioria saída destas eleiçõe e a Assembleia Municipal. Mendes cometeu a proeza, nunca vista, de perder em todas as 51 freguesias de Lisboa!!! Nem uma vitória para a amostra. Um verdadeiro cataclismo. Bem andou, pois, Fernando Seara ao fazer-lhe um manguito. Há favores que não se pedem a ninguém e ainda menos aos amigos. E quando por qualquer razão, inadvertidamente, se pede um, o que se espera dos amigos é que nos façam vir à razão. Foi o que Seara fez, mas Mendes também não percebeu isso. Por isso imolou o voluntarioso Negrão. A culpa não foi da abstenção. Vamos agora aguardar para ver o que aí vem. Para já sabe-se que vêm as directas. Santana Lopes, o cacique de Gaia, os putativos herdeiros de Barroso, a começar por José Luís Arnaut e Morais Sarmento, e o auto-proclamado líder regional do Algarve ainda não disseram nada. Até lá tenhamos paciência. O circo ainda não acabou e trapezistas não faltam.

ELEIÇÕES EM LISBOA (5)

Helena Roseta foi uma das surpresas pela positiva. Elegeu-se e fez eleger o número dois da sua lista. Resta saber para quê e o que vai fazer com dois vereadores. Sá Fernandes já não é novidade. Manteve o seu lugar conforme era esperado. O Bloco esgotou a sua margem de progressão e dificilmente conseguirá fazer melhor, quaisquer que sejam as circunstâncias.

ELEIÇÕES EM LISBOA (6)


Ruben de Carvalho ficou onde estava. O PCP há muito que entrou em processo de estagnação e quando se move é com instintos autofágicos. A globalização não chega aos comunistas mas estes também não chegam a parte alguma.

ELEIÇÕES EM LISBOA (7)

Tão derrotado quanto Marques Mendes foi Paulo Portas. Este foi o único líder partidário que não concorreu e que já se sabia que sairia a perder. Portas foi rejeitado vezes demais pelo eleitorado para ainda se atrever a apresentar-se a votos. E fazê-lo por interposta pessoa depois de ter afastado Ribeiro e Castro num golpe palaciano é muito feio. Telmo Correia prestou-se a tal e o resultado está à vista. Nem todos os meios são justificados pelos fins. Ficaram atrás dos trotskistas que é para se deixarem de mandar bocas. Telmo perdeu, mas foi a figura de Paulo Portas que esteve presente. Os tiques autoritários e presunçosos podem dar alento no Largo do Caldas, mas no aconchego do lar nenhum português de bom senso pensará dar o seu voto a um maquiavel instantâneo. Por vezes não basta juntar água e mexer. Por mais que abra os olhos ou coloque a voz, já ninguém tem pachorra para ouvir Paulo Portas. O seu prazo de validade expirou há décadas, mas ele, qual Romário em busca do milésimo golo, não acredita. Diz agora que vai reflectir. Pois bem que reflicta e já agora, que o faça na companhia do Vasco Graça Moura, cuja partidarite aguda o impede de colocar na análise política a mesma lucidez que coloca na sua escrita.

sexta-feira, julho 13, 2007

O PEIXE VOADOR


Aqui há uns anos, estava eu aflito, à última hora, sem saber para onde ir passar uns dias de férias, e o meu amigo Pedro H.C. recomendou-me que falasse com o Paulo Marques da Silva. Em boa hora o fez. O Paulo levou-me até Soma Bay, onde fui um dos primeiros a usufruir do luxo do então novíssimo Sheraton. Fiz uns mergulhos espantosos e não dei por mal empregue o meu tempo ou por mal gasto o meu dinheiro. Depois disso, o Paulo especializou-se ainda mais e abriu o Peixe Voador - http://www.opeixevoador.pt/. O resultado está à vista. Propectos com cor e um design arrojado e viagens de sonho. Com a vantagem do Paulo ter um telemóvel que está sempre ligado para o que der e vier. Agora, ele também já nos pode levar às Maldivas. Eu, um destes dias, vou até lá matar saudades. E vou pedir-lhe para tratar de tudo.

MAMA AGORA ENQUANTO ELES FAZEM CAMPANHA

(fotografia do blogue de António Cerveira Pinto, aqui reproduzida com a devida vénia)

A revista Sábado revelou ontem que Marques Guedes, o líder parlamentar do PSD, autorizou a contratação do filho de Santana Lopes para trabalhar na Assembleia da República, no Grupo Parlamentar do PSD, como ajudante do pai Pedro Santana Lopes na organização e informatização do seu arquivo (não tenho presente a expressão exacta, mas isto é o que menos importa). Em causa está a forma perfeitamente indecorosa, acintosa e insultuosa como estas coisas são feitas. Que pensarão disto os quase quinhentos mil portugueses que não têm trabalho e os milhões de precários que este país tem? Enquanto tudo isto continuar a ser encarado com normalidade e houver sempre uma justificação para este tipo de atitudes não passaremos da cepa torta. Um dia destes, com tantos mamões, as mamas da República acabam mesmo por secar.

CARACÓIS OU LAGOSTA?


Aqui há dias fui a uma das novas cervejarias do novo mercado municipal de Faro comer um prato de caracóis. Como erámos dois limitámo-nos a pedir duas imperiais, um cesto de pão e o dito cujo. No final, quando veio a conta fiquei a saber que uma dose de caracóis custa nesse local de excelência a módica quantia de 8 euros. Ou seja, o mesmo que uma dose de conquilhas e menos um euro que uma dose de ameijôas nos vizinhos do outro lado da rua. Uma semana depois, na marina de Cascais, durante os mundiais de vela, sem cheiro a peixe, sem contentores de lixo sujos por perto e com uma vista magnífica, uma dose idêntica de caracóis custava 7 euros. Por esta e por outras o melhor mesmo, estando em Faro, é continuar a contar com a simpatia e os preços do Amílcar. Em Faro há coisas que eu pensava que só aconteciam no Entroncamento. Mas o mais estranho é que ninguém se queixe e tudo seja visto como uma fatalidade. Até o mau cheiro e a falta de higiene na louça de alguns estabelecimentos, em que as chávenas e os copos vêm encardidos e são "lavados" sem detergente, é por muitos aceite como natural. A ASAE bem que podia fazer mais uma excursão para estes lados.

À ESPERA DA CLARIFICAÇÃO


Eu já tinha ouvido alguns rumores de há uns anos a esta parte, mas sempre achei que tudo se resolveria rapidamente e que a intriga não iria tomar conta de uma das mais prestigiadas polícias de investigação do mundo. Mas as apreensões de droga e as operações bem sucedidas iam-se sucedendo ao mesmo ritmo do aumento dos rumores. Parece que finalmente se vai pôr um ponto final no assunto. Mão dura contra quem prevaricou e manchou o bom nome da corporação é o que se pede. A PJ e a gente esforçada e competente que lá está não o merecia. Os portugueses têm o direito de acreditar na sua polícia de investigação. Espero rapidez e incisividade na clarificação.

TRISTES FIGURAS


A selecção de Portugal de sub-20 terminou a sua participação no mundial que está a decorrer no Canadá. E fê-lo da pior forma. Os meninos exibiram em campo toda a sua falta de educação e de fair-play. Futebol propriamente dito foi zero. O primeiro e único remate que fizeram à baliza do Chile foi já à beira dos 90 minutos. Depois da derrota com o México e do jogo com a Gâmbia muito pouco se podia esperar desta selecção. Dois cartões vermelhos, muitos amarelos, simulação de faltas, protestos por tudo e por nada, enfim, um desastre completo. Espera-se que Gilberto Madaíl consiga aproveitar o sucedido para aprender alguma coisa, embora tal seja dificíl. Há tantos anos no poleiro e até hoje mostrou-se incapaz de fazer alguma coisa. Agostinho Oliveira que estava a fazer um óptimo trabalho saiu para dar lugar a um homem do "sistema". O resultado está à vista. Depois do Euro de sub-21 na Holanda, logo se seguiu um novo descalabro. E que diz essa luminária da bola chamada Couceiro? Que vai reflectir. Pois então que reflicta. Pelo menos desta vez a culpa não foi do árbitro. Mas já agora se vai reflectir, o que eu duvido que consiga fazer tal a falta de humildade e convencimento da criatura, então que o faça longe da selecções. A federação não é um asilo dos desvalidos.

P.S. Se Fábio Coentrão julga que vai para o Benfica fazer o mesmo que fez na selecção de sub-20 é melhor avisá-lo já que para os lados da Luz não há nenhum Couceiro e que se ele se portar mal vai logo de carrinho.

quinta-feira, julho 12, 2007

LÍDER DE OPERETA

Andou a dizer que o outro usava indevidamente o título de engenheiro. Ele usa indevidamente o título de advogado, já que não exerce e, tanto quanto se saiba, nem sequer está inscrito na Ordem dos Advogados. Esta é a sua ficha parlamentar, aqui reproduzida com a devida vénia ao Tiago Barbosa Ribeiro (Kontratempos.blogspot.com).

Como se isso não bastasse hoje também ficámos a saber, via Correio da Manhã e Diário Económico, respectivamente, que Marques Mendes não pagou segurança social enquanto "presidente da EIA – Ensino, Investigação e Administração, empresa responsável pela gestão da Universidade Atlântica, entre 14 de Julho de 1999 e 5 de Abril de 2002" e que recebe uma mísera avença de 1.000 euros por mês de uma empresa denominada Paínhas S.A. que é a sócia maioritária da FIX, o agrupamento complementar de empresas que mereceu o aval do PSD para ver reenviado para a PT um fax dirigido ao líder do partido, pelo qual aquela empresa se queixava de ter perdido duas adjudicações em Aveiro e São João da Madeira. Recorde-se que Marques Mendes é deputado por Aveiro. Alguns mais rigorosos chamam a isto tráfico de influências. Eu não vou tão longe, mas também não me faço de estúpido nem tomo os outros como lorpas, ao contrário do que fazem alguns políticos que tratam o assunto como um simples reencaminhamento de correspondência.

A MINHA HOMENAGEM AOS XUTOS E AO ZÉ PEDRO



A eles fiquei a dever um bom par de noites e umas quantas amizades. E na hora de fazer os contentores e de voltar à minha alegre casinha foi a música deles que me deu força para aguentar o calor e a humidade. Se não conseguirem ver o vídeo por aqui, então sigam directamente para aqui

terça-feira, julho 10, 2007

UMA INFELICIDADE



O debate ontem protagonizado na RTP pelos candidatos à Câmara de Lisboa, sob a batuta de Fátima Campos Ferreira, foi mais um daqueles momentos televisivos que podia e deveria ter sido evitado. O modelo do debate não contribuiu minimanente para o esclarecimento das questões que eram importantes, servindo apenas para o abastardamento do jogo político tal o vendaval demagógico que passou pela sala. Continua a não fazer sentido um debate naqueles moldes, já que os tempos de intervenção são mínimos e não há uma única ideia que possa ser desenvolvida. É verdade que há alguns candidatos que não têm a mínima ideia de coisa alguma e que apenas procuraram uma ribalta para debitar meia dúzia de patacoadas e fazerem-se ouvir "lá em em casa". O fadista, que mal sabe exprimir-se em português, e aquele senhor de pêra que não gosta de emigrantes nem negros, são os casos mais notórios. Outros há que aproveitaram para ajustar contas velhas, como Monteiro e Telmo, ou que participam por terem comprado uma assinatura que lhes dá acesso a todos os actos eleitorais, como Garcia Pereira, ou ainda por mero quixotismo, como o senhor Quartin Graça. Aquela do aeroporto era evitável. Dos que importava ouvir não se ouviu nada a não ser ruído e acusações mútuas. Carmona, com todas as culpas que tem no cartório esteve ao nível a que nos habituou, entre o péssimo e o sofrível. Ruben de Carvalho, que continua a ser um conhecedor de Lisboa e dos seus problemas quase perdeu a compostura. Roseta debitou meia dúzia de frases, mas esteve apagada, sem chama, pouco à-vontade. E Negrão, esse, foi de uma infelicidade total. As figuras que um homem faz. Depois de ter de engolir aquela dos 64 assessores metidos a martelo pelo Lipari na Gebalis, lembrou-se, na esteira do seu chefe, de vir falar no arquitecto Manuel Salgado. E quem trouxe ele em sua defesa? O mais desacreditado dos políticos, um senhor chamado Manuel Maria Carrilho, que nos últimos anos se envolveu em polémica com tudo e todos, um homem que se celebrizou pelo seu oportunismo, por acusações de falta de lealdade feitas pelos seus próprios companheiros de partido, um homem que abandonou a câmara um ano depois de entrar alegando falta de tempo, enfim, o mais desacreditado dos desacreditados. Se Negrão pensava conquistar alguma coisa por essa via, estou convencido de que o tiro lhe saíu pela culatra. As figuras que um homem inteligente e um magistrado competente se presta a fazer. Livra! A tudo o António Costa assistiu sereno, sorrindo condescendente para com as bacoradas que ia ouvindo de alguns parceiros de debate. Um painel de candidatos como aquele não justifica grandes esforços. É deixar que o tempo passe. A não ser que se lembrem de fazer outro debate assim. Mas se isso acontecer, com mais duas ou três intervenções do Negrão e uma aparição dos homens da Gebalis, o PS arrisca a maioria absoluta.

A NEGA


Hoje ficamos todos a saber que Pinto da Costa, depois de levar uma nega de uma alternadeira, tentou assediar o pequeno bombardeiro e também levou uma nega. Parece que está a chegar o tempo em que já não basta pagar ou ter quem pague por si!

segunda-feira, julho 09, 2007

NÃO APRENDEU NADA


Depois do desastre que foi a participação portuguesa no Europeu de sub-21, na Holanda, eis que o treinador José Couceiro repete a mesma receita no Campeonato Mundial de Futebol de sub-20 que está a decorrer no Canadá. Ontem, uma vez mais, a selecção portuguesa fez uma exibição sofrível. A jogar contra 10, perante a selecção estreante da Gâmbia, ainda conseguiu a proeza de sofrer um golo e não conseguir chegar ao empate. Falta de empenho, falta de velocidade, desorganização ente os sectores, indisciplina, bolas atiradas para a área sem qualquer nexo, remates para a bancada, enfim, houve de tudo um pouco. Eu estava convencido de que organizar a equipa, pôr os jogadores a jogar e motivá-los era tarefa do treinador, mas depois de ouvir, esta manhã, as declarações de José Couceiro fiquei sem saber o que pensar. Pelos vistos, a presença num campeonato do mundo não foi suficiente para motivar a equipa. Couceiro ganhou um jogo por 2-0 contra a Nova Zelândia, que não tem quaisquer pergaminhos a defender, perdeu depois com o México e a seguir com a Gâmbia, mas ainda assim ficou satisfeito porque passou à fase seguinte, os oitavos-de-final, sendo um dos melhores terceiros clasificados. Já se viu que o homem não se enxerga, mas está convencido de que é um grande técnico e que ser o melhor dos piores é uma coisa boa. E quanto a Madaíl, pelo silêncio, presume-se que já esteja a banhos. Uma tristeza.

O GENUÍNO


Na língua original, o livro vermelho de Mao Tse-Tung, ou Mao Zedong de acordo com a mais moderna romanização do putongua.

sexta-feira, julho 06, 2007

ESTE FIM-DE-SEMANA HÁ...

... corridas no Porto, no circuito da Boavista. O cartaz maior é a corrida do WTCC onde irá estar o Tiago Monteiro ao volante do Seat. Para já, diz o Autosport, e ainda é meio dia, o programa vai com mais de três horas de atraso (!). Parece que lá para os lados do Porto, olhando para o Porto 2001, para a Casa da Música e as corridas de automóveis, entre outros exemplos, não há nada que consigam fazer a tempo e horas. Por mim podem continuar a entregar essas coisas aos locais para que eles possam brilhar e mostar o que valem. Assim, de cada vez que falarem na regionalização, o povo saberá o que pensar.

quinta-feira, julho 05, 2007

UNS SÃO BUFOS E SUBSERVIENTES, OS OUTROS SÃO MAUS JORNALISTAS!



Segundo a Agência Financeira "Os 17 notários privados que existem no Algarve fizeram 59 participações por transacções suspeitas [PORQUÊ QUE SÃO SUSPEITAS? QUAL O CRITÉRIO QUE DISTINGUE UMA SUSPEITA DE UMA NÃO SUSPEITA?] à Polícia Judiciária (PJ) desde Fevereiro de 2005 a Junho deste ano". [PARA QUANTOS ACTOS NOTARIAIS PRATICADOS?]

"Num encontro com jornalistas, o bastonário, Joaquim Lopes já tinha apontado que há muitas participações [QUANTAS?] nas várias localidades do país [EM QUAIS?], mas que é no Algarve onde se concentra a maioria. «Sobretudo no Algarve tem havido bastantes comunicações dos notários», afirmou. [PORQUE SERÁ QUE NO ALGARVE HÁ MAIS COMUNICAÇÕES? OS NOTÁRIOS NO ALGARVE SÃO MAIS COMUNICATIVOS?]

A Ordem adiantou ainda à «Agência Financeira» que estas 59 participações dizem respeito, «na sua maioria [E QUANTO ÀS OUTRAS?], a compra e venda de imóveis com pagamento em dinheiro que levanta logo questões».[SE PAGASSEM A FEIJÕES JÁ NÃO HAVIA PROBLEMA. MAS QUE QUESTÕES SE LEVANTAM? SERÁ FALTA DE TROCOS?]

«Há também casos de constituição de sociedade anónimas [AS SOCIEDADES ANÓNIMAS SÃO SUPSEITAS POR NATUREZA?] e aumentos de capitais [OU SERÁ DE AUMENTOS DE CAPITAL?], bem como compra e venda de imóveis por sociedades com sede em paraísos fiscais», acrescentaram, sublinhando que o Algarve propicia mais casos também [GOSTO DO TAMBÉM!] por concentrar «muitos estrangeiros».[PORQUÊ QUE PROPICIA? PARA O BASTONARIO DA ORDEM DOS NOTÁRIOS OS ESTRANGEIROS SÃO MAIS DADOS AOS PARAÍSOS FISCAIS?]

Quanto aos resultados destas comunicações à PJ, a Ordem explica que as autoridades apenas utilizam [AH SIM?, UTILIZAM? QUEM LHES DISSE?] a informação disponibilizada e os testemunhos, mas não divulgam depois o que é apurado.[SÃO UNS MALANDROS! ENTÃO OS TIPOS DA PJ NÃO INFORMAM OS NOTÁRIOS DO RESULTADO DAS INVESTIGAÇÕES NEM LHES DÃO CONTA DO QUE INVESTIGARAM? NÃO ESTÁ CERTO.]

Conclusão: O Bastonário da Ordem dos Notários dava um bom secretário de Estado do ministro Correia de Campos ou do ministro Mário Lino. Poderá vir a ser o futuro ministro da Justiça do governo (à sombra) de Marques Mendes. Mas quem redigiu esta notícia devia estar a lavar escadas.

LOURA? NÃO, SECRETÁRIA DE ESTADO DE CORREIA DE CAMPOS!


O país ficou estarrecido quando ontem ouviu a Secretária de Estado Adjunta da Saúde dizer, na apresentação do relatório anual do Observatório Português dos Sistemas de Saúde, que "Eu sou secretária de Estado, aqui nunca poderia dizer mal do Governo. Aqui. Mas posso dizer na minha casa, na esquina, no café. Tem é de haver alguma sensibilidade social..."

Carmen Pignatelli confirmou a abertura da silly season e a propensão da equipa da Saúde liderada por Correia de Campos para o disparate. E neste caso, pelos vistos, também para a deslealdade.

Numa altura em que cada vez mais se questiona o aumento do comissariado político na Administração Pública e o ministro proclama a incompetência de uns quantos, antes nomeados pelo PSD, para agora nomear outros entretanto promovidos à custa da insuportável bufaria, eis que surge, de onde menos se esperava, a garganta funda de José Sócrates.

Agora já podemos ter a certeza de uma coisa: quando começarem as fugas de informação na Saúde e as críticas subterrâneas ao ministro Correia de Campos já não se vai poder descartar a hipótese delas virem de dentro da sua própria equipa. Por isso mesmo, se um dia a senhora secretária de Estado resolver convidar o leitor para ir a casa dela jantar ou, quem sabe, tomar um café, o melhor mesmo é desconfiar, não ir, e sugerir que ela convide Marques Mendes. Nunca se sabe o que lá poderá ser dito do ministro Correia de Campos, de José Sócrates ou do PS. E com tanto bufo que anda por aí sentado às secretárias e ansioso por servir o país e o Governo, este ou qualquer outro, sempre será melhor que desconfiem de Marques Mendes do que de si. Dele já todos estão habituados a desconfiar e a ouvir tretas. Da secretária de Estado, que no serviço diz uma coisa e em casa ou no café admite falar mal do chefe, é que nunca ninguém desconfiará.

Afinal, tudo se resume a uma questão de "sensibilidade social". Eu, que nunca tinha visto a senhora, quando me contaram o que ela tinha dito perguntei, ingenuamente, se ela era loura. Disseram-me que não, esclarecendo-me logo de seguida que ela era secretária de Estado de Correia de Campos. Mas o pior mesmo é que agora já ninguém me convence que Correia de Campos ainda é ministro.

P.S. Ó Jorge Coelho veja lá se desce à terra e se dá uma bordoada nessa malta. A ver se a gente acorda e se deixam de andar a dar tiros nos pés.

quarta-feira, julho 04, 2007

NOVOS EQUIPAMENTOS, PRIMEIRA LIGA


A não perder: a rábula de Ricardo Araújo Pereira ao novo equipamento cor-de-rosa do SLB.

MAIS UM CONTENCIOSO CANALHA COM ANGOLA

Desta vez o pretexto foi a proibição por parte das autoridades comunitárias do voos da TAAG para a Europa.

Ao longo dos anos, as autoridades angolanas, ora por via de inexplicáveis princípios de reciprocidade, ora para justificarem as suas próprias omissões, ciclicamente investem contra Portugal e o Governo português, tentando à mais leve brisa colocar em causa o secular relacionamento entre os dois povos, assim confundindo os interesses da nomenklatura ex-marxista e ex-comunista, com os interesses do povo mártir de Angola.

Os angolanos sempre tiveram uma maneira muito especial de estar, fruto das vicissitudes da sua história, mas muitos dos seus dirigentes mais não têm feito do que procurar enxovalhar as autoridades portuguesas e o povo português, responsabilizando-os por todos os seus falhanços e insucessos e pela merecida crítica que, quantas vezes, nasce dentro do próprio Estado angolano.

Esquecem os dirigentes de Angola, ao contrário do que ainda hoje ouvi a um senhor vice-ministro, que não existem razões nem causas obscuras para a proibição agora imposta aos voos da TAAG, que ainda há pouco mais de duas semanas um avião da TAAG falhou, sem justificação, a aterragem em Mbanza Congo e que mesmo na Europa há companhias sob apertada vigilância.

Os dirigentes angolanos continuam a pensar que o facto de terem petróleo e diamantes, cujos proventos em vez de entrarem nos bolsos dos angolanos continuam a encher os bolsos da camarilha dirigente que vai fazer compras a Paris e ao Rio de Janeiro e que almoça e janta com os Falcone, lhes dá o direito de insultar e enxovalhar os portugueses, de não cumprirem regulamentos internacionais ou de voarem como muito bem entendem pelo espaço aéreo de terceiros. Como se houvesse razão ou principío que justificasse as declarações, melhor diria as ameaças, que foram proferidas pelo tal vice-ministro, ou o que ainda recentemente aconteceu, por exemplo, no caso Mantorras.

É natural que muitos dos que criaram riqueza à força das armas, da corrupção, do esportulamento indecente das riquezas de Angola e de relações de poder obscuras, tenham alguma dificuldade em aceitar regras, quaisquer que elas sejam, desde que estas não lhes garantam mais proventos e novas posições de domínio.

Mas essa é apenas mais uma razão para que a União Europeia não se acobarde aos interesses de Luanda e o Governo Português não se coloque, uma vez mais, de cócoras. O povo de Angola merece mais. E muito melhor.


P.S. Talvez seja de toda a conveniência reler, em mais esta hora amarga das relações com Angola, o que escreveu Pepetela, em especial em "Predadores", um magnífico romance que espelha bem as contradições do poder de Luanda e da sua casta dirigente, ou, ainda, as sempre oportunas memórias do antigo embaixador de Portugal em Luanda, Pinto da França.

APROVADA NOVA LEGISLAÇÃO CONTRA OS CÃES PERIGOSOS E OS ANORMAIS QUE ANDAM POR AÍ A CORRER COM ELES PELAS PRAIAS

Foi hoje aprovada a legislação que tardava.

De acordo com o Diário Digital, foram aprovadas por unanimidade, na Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, as alterações à lei que estabelece o regime jurídico para a detenção de animais perigosos, tendo por base um texto conjunto das bancadas do PS, do PSD e do CDS.
A partir de agora, "aos proprietários de «animais potencialmente perigosos», a lei exige agora exames de aptidão física e psicológica, e um registo criminal limpo de crimes contra a vida e a integridade física, contra a liberdade pessoal ou a autodeterminação sexual e contra a saúde a paz públicas. A nova lei regula igualmente a «imposição de um atestado de capacidade física e psíquica [dos proprietários de animais perigosos], bem como a proibição da publicidade à comercialização destes animais».
Foram também fixadas coimas para quem não cumpra os requisitos, estando o valor mínimo fixado em 500 euros e o montante máximo em 44.890 euros, agravado em 30 por cento no caso de reincidência.
Estes valores representam um aumento face à lei actual, que estipula multas de 50 a 1.850 para pessoas individuais que não identifiquem os seus animais e até 22 mil euros, caso se trate de pessoas colectivas.
Os criadores e reprodutores «só poderão exercer a actividade mediante uma licença emitida pela Direcção Geral de Veterinária, que obriga a indicar a espécie, a raça» e todos os dados referentes ao animal, a constar no chip electrónico de identificação.
As raças ou cruzamentos «potencialmente perigosas» são sete: o cão de fila brasileiro, o dogue argentino, o pit bull terrier, o rottweiller, o staffordshire terrier americano, o staffordshire bull terrier, e o tosa inu.
Estas alterações resultam de propostas apresentadas ao Parlamento em Abril pelo CDS-PP e pelo PS, que visavam apertar as regras para os proprietários de animais potencialmente perigosos, um mês depois da morte de uma mulher atacada por quatro cães em Sintra.
As duas propostas acabaram por ser aprovadas por unanimidade na generalidade em plenário, a 26 de Abril, um consenso que se repetiu agora na especialidade
".

Será que é desta que as bestas vão deixar de ser passeadas sem trela nem açaime por putos ordinários e mentecaptos de boina? E que as autoridades vão passar a agir?

P.S. Registo aqui uma palavra de apreço para a autoridade marítima que no fim-de-semana passado andou pelas praias, entre Vale do Lobo e o Ancão, a avisar alguns banhistas, antes de multá-los, de que as praias não são propriamente o sítio mais indicado para levarem a canzoada a banhos e a fazer as suas necessidades e que existe uma legislação para cumprir.

NOVOS EQUIPAMENTOS, PRIMEIRA LIGA


Com a devida vénia, graças ao lagartão do meu amigo Miguel Gouveia, que o humor nunca fez mal a ninguém!

terça-feira, julho 03, 2007

1 SEGUNDO!



Foi quanto bastou ao Alinghi para bater o Team New Zealand na última e definitiva regata da America's Cup 2007.
Glória aos vencedores, honra aos vencidos.



ENVIESAMENTO JORNALÍSTICO



O Público de hoje, no Editorial, assinado por José Manuel Fernandes (JMF), estatui que a votação para a Câmara Municipal de Lisboa funcionará como "termómetro para perceber o estado da governação" e que aquela permitirá perceber qual o peso de listas "mesmo independentes", esclarecendo que estas são as "que correm contra o estado das coisas nos partidos" (sic).

A leitura que JMF faz das eleições autárquicas intercalares da capital é, para não dizer outra coisa, no mínimo obtusa, encontrando eu nela alguns laivos de um esquerdismo que supunha ja erradicado. Querer ver numa simples eleição autárquica, numa única cidade, embora esta seja a capital do país, um "termómetro para perceber o estado da governação" é não perceber nada do que seja uma eleição autárquica, é ignorar a natureza única e intercalar da eleição que vai acontecer em Lisboa e significa o desconhecimento total dos mecanismos de poder na capital, das subtilezas da luta política em Lisboa e da natureza única e inconfundível dos seus eleitores.

Quer o grau de informação, quer o nível cultural, quer, ainda, os problemas, anseios e expectativas dos lisboetas, não têm rigorosamente nada a ver com o resto do país, ou até mesmo com o que se passa em autarquia limítrofes.

Daí que, querer extrapolar os resultados eleitorais em Lisboa, quaisquer que eles venham a ser, para o todo nacional, vendo neles um termómetro "para perceber" o estado da governação, não se trata sequer de um exercício académico. O que JMF escreveu hoje no Editorial do Público é o enviesamento total de uma perspectiva jornalística séria e que se quer "de referência".

Querer aferir o peso das listas independentes, sabendo que nem todos os independentes correm contra os partidos, havendo mesmo alguns que correm com eles, e não contra eles, é de todo um disparate. Aliás, se assim não fosse, como poderia JMF justificar o aparecimento de independentes a encabeçarem listas de partidos?, como será o caso mais flagrante de Fernando Negrão.

E mesmo em relação a Carmona ou Roseta tenho sérias dúvidas que algum deles corra contra os partidos. Carmona corre por ele, para tentar lavar a face e limpar a sua vereação do imbróglio que criou. Quando muito corre contra Marques Mendes que foi quem lhe tirou o tapete, mas nunca contra o PSD ou contra os potenciais eleitores deste que são quem lhe pode dar alguns votos. E Helena Roseta só se tornou "independente" para se poder candidatar. Ou será que alguém duvida que se Sócrates lhe tivesse respondido à carta, e aberto o caminho para ela se candidatar, ela hoje correria sozinha?

Enfim, JMF depois de nos ter habituado à sua visão voluntarista e pró-Bushista que se seguiu ao 11 de Setembro e antecedeu a invasão do Iraque, entrou agora no fértil campo do sonho. Poderá sempre fazê-lo, mas então o melhor é deixar de escrever editoriais e dedicar-se à literatura ou a escrever guiões para filmes. O sonho, a imaginação, a diletância, o lirismo, são incompatíveis com um jornalismo que se queira sério e que vise, para além de informar, contribuir para a formação dos leitores.

segunda-feira, julho 02, 2007

A MORTE DAS DUNAS DOURADAS

No local situado a Norte do parque de estacionamento que se vê na imagem, fotografia obtida a partir do utilíssimo site do Algarve Digital, está em construção, desde há mais de um ano, um emprendimento turístico denominado, tanto quanto sei, "Dunas Douradas Beach Resort" ou algum semelhante. A praia das Dunas Douradas fica, para quem não sabe, no concelho de Loulé, entre o Garrão e Vale do Lobo. Era um local paradisíaco. E digo era, porque encostado ao parque de estacionamento foi construído um muro com cerca de 3 metros de altura, autêntico muro de Berlim em versão algarvia, que apesar da altura não consegue esconder a fealdade do empreendimento. Estou certo de que o Miguel Sousa Tavares, a Luísa Schmidt ou o Idálio Revés, adorarão fazer uma visita ao local e apreciar "ao vivo e a cores" a fealdade dos mamarrachos que estão a ser construídos. Só chaminés são às centenas, qual delas a mais feia. Mas o grave não é tanto que ele seja feio e monstruoso. Todos sabemos que o gosto se educa e cultiva e há muitos que não tiveram esse privilégio. O grave nem é que o empreendimento tenha sido licenciado pela entidade camarária competente, já que depois de tudo o que Sander Van Gelder construiu, e como construiu, em Vale do Lobo, já não se admite que continue a haver projectos destes sem adequado licenciamento e fiscalização. O grave é que entre o muro agora erguido e o início da duna não distem mais de 50 metros e que aquele mono, verdadeiro monumento ao "pato-bravismo", fique ali a perpetuar a paisagem. Agora, se querem mesmo saber, eu só gostava de ter a certeza de que o rumor que me chegou de que um dos consultores do empreendimento mamarracho é um político e dirigente local, que até já foi presidente de câmara, e que passa a vida a perorar em defesa do Algarve e da regionalização, não é verdade. É que se for mesmo verdade, então ele poderá ter a certeza de que eu irei até Lisboa e que não me calarei. Até que a voz e a mão me doam. Se há "crimes imprescritíveis", este é um deles.

O ABASTARDAMENTO DO CLUBE DA ÁGUIA



Como é habitual, no começo de cada nova época futebolística, foram apresentados os novos equipamentos do Sport Lisboa e Benfica para 2007/2008. Se quanto ao conjunto principal se mantém, basicamente, a linha anterior, pese embora a nova lista de cor branca, já no que concerne ao equipamento secundário ou alternativo muito haverá a dizer. Depois de equipamentos alternativos pretos, cinzentos e cor-de-laranja, já só faltava mesmo um que fosse rosa piroso e cinzento com um emblema cor-de-laranja e azul da PT. Para um clube que durante décadas correu mundo de vermelho e branco, de branco e vermelho ou todo de branco, custa muito ver o que está a acontecer com a escolha das cores dos equipamentos alternativos. O clube tem uma história e uma memória. Será que o presidente do clube não vê isto? Ou será melhor que nos preparemos para qualquer dia também termos equipamentos alternativos verdes ou azuis? Chega de mau gosto e de piroseira! Espero sinceramente que o Berardo não goste dos equipamentos.