sexta-feira, outubro 13, 2006

DÉFICE DE PRESIDÊNCIA?


Mário Soares continua a efectuar promoções, saldos e rebaixas dos seus mais preciosos bens. Desde que abandonou Belém ainda não foi capaz de perder a mania do penacho e a pretexto de uma intervenção de cidadania vai-nos brindando com uma série de disparates e dichotes que começam a meter dó e em nada engrandecem o seu passado e o prestigío que acumulou durante décadas.
Agora foi a propósito do lançamento de um livro do ex-presidente do Brasil, Fernando Henrique Cardoso. Soares, que depois do retumbante desastre das presidenciais, da falta de chá de que deu mostras durante a campanha e da forma pouco democrática como assumiu a derrota, devia de ter alguma, já não digo muita porque eu, por vezes, também padeço do mesmo mal, contenção verbal, ao invés, continua a aproveitar todas as oportunidades em que tem um microfone à frente para asneirar.
A vítima foi Cavaco Silva, a quem acusou de estar condicionado na sua actuação pelas corporações. Para quem protegeu Melancia da forma que protegeu e depois acabou nomeando Rocha Vieira para Governador de Macau...
A partir de determinada idade é bom termos alguém que nos acompanhe. A Soares faltou-lhe alguém quando quis ir para a presidência do Parlamento Europeu e depois deu no que deu. Voltou a faltar-lhe quando lhe disseram que contavam com ele para se recandidatar a um terceiro mandato presidencial. Cada dia que passa o caso assume proporções mais graves. O défice não é de presidência. É antes de lucidez.

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