Cinco anos volvidos sobre o início da jornada iraquiana que conduziu ao derrube de Saddam Hussein, George W. Bush veio reafirmar a necessidade da guerra e manifestar a sua certeza na vitória final. Falar de vitória numa altura destas, depois de uma campanha que não encontrou as armas de que se falava, depois de Blair, Aznar e Barroso já terem confessado que foram enganados, por terem acéfala e acriticamente embarcado em relatórios inconsistentes, elaborados para justificarem uma política e uma guerra, com um país em cacos, torna-se num chiste, no witz de que falou Freud. Mais de cem mil mortos depois e de milhões de dólares gastos, com milhões de doentes, de órfãos, de viúvas, de estropiados e sem um fim que permita devolver a paz à região e a um povo martirizado, importa questionarmo-nos se esses números valeram a guerra. Não tenho dúvidas de que a queda de Saddam foi um bem para a humanidade, mas quando se trata de pesar vidas humanas e de contar mortos não há contabilidade que resista. Uma coisa, porém, estou certo: qualquer que seja o próximo presidente dos Estados Unidos da América, e eu espero que seja Obama, ele estará melhor preparado do que Bush para lidar com o problema e para encontrar uma saída que não pondo em causa os interesses do povo iraquiano e da comunidade internacional, seja capaz de abreviar a barbárie. Não há guerras justas. O blogue do microrganismo que promove a destruição de bactérias* * - Bactérias: De acordo com o Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora - 8ª edição (não é grande espingarda mas era o que estava mais à mão), uma bactéria é um "microrganismo vegetal (tacófita) desprovido de clorofila e núcleo celular (esquizófita) que, na maioria dos casos, é saprófita ou parasita, evidenciando a sua actividade na produção de doenças".
quinta-feira, março 20, 2008
UM LONGO CAMINHO
Cinco anos volvidos sobre o início da jornada iraquiana que conduziu ao derrube de Saddam Hussein, George W. Bush veio reafirmar a necessidade da guerra e manifestar a sua certeza na vitória final. Falar de vitória numa altura destas, depois de uma campanha que não encontrou as armas de que se falava, depois de Blair, Aznar e Barroso já terem confessado que foram enganados, por terem acéfala e acriticamente embarcado em relatórios inconsistentes, elaborados para justificarem uma política e uma guerra, com um país em cacos, torna-se num chiste, no witz de que falou Freud. Mais de cem mil mortos depois e de milhões de dólares gastos, com milhões de doentes, de órfãos, de viúvas, de estropiados e sem um fim que permita devolver a paz à região e a um povo martirizado, importa questionarmo-nos se esses números valeram a guerra. Não tenho dúvidas de que a queda de Saddam foi um bem para a humanidade, mas quando se trata de pesar vidas humanas e de contar mortos não há contabilidade que resista. Uma coisa, porém, estou certo: qualquer que seja o próximo presidente dos Estados Unidos da América, e eu espero que seja Obama, ele estará melhor preparado do que Bush para lidar com o problema e para encontrar uma saída que não pondo em causa os interesses do povo iraquiano e da comunidade internacional, seja capaz de abreviar a barbárie. Não há guerras justas.
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